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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

domingo, 29 de janeiro de 2012

Fingindo ser o que somos

Não quero usar minha fraqueza como justificativa para os erros que cometo, ou que cometi., mas sim, minha condição humana que chega sem rotulo, nem manual de instrução. Apenas com uma vontade enorme de descobrir e sentir novas sensações.
Tantas coisas são proibidas que a gente acaba se perdendo em nossas descobertas, não temos liberdade para escolher, porque tantos querem escolher pela gente.
Por isso é que sempre vamos vivendo meio que tateando no escuro, vagueando pelo desconhecido, desconfiando até de nossa própria sombra.
Não seria mais fácil viver acorrentado em expectativas, do que tentar realizar sonhos impossíveis?
A vida é como uma grande empresa, traçamos metas e morremos por elas, vestindo a camisa que alguém tão sutilmente teceu .
Eu queria ser mais do que sou, eu sei que posso ser melhor. Poder falar das coisas que sinto sem arrependimentos, fazer coisas sem que precise me policiar a todo instante para ver se estou agradando.
Eu sinto em mim um ponto de interrogação, não sou eu,  sou o que a sociedade quer que eu seja.
Sou a sombra da semente que alguém quer plantar, e quando cresço, continuo sendo a sombra daquilo que quero ser.
Fui programada para não ser eu, mas para ser a vontade espelhada na vontade dos programadores de vidas alheias.
Um robô! Pois pessoas deveriam ter liberdades de escolhas, e o que conseguimos é enterrar nossos sonhos na terra da alma.
Não consigo amadurecer, pois a minha descoberta não tem valor algum, a minha vontade está subjugada a condição em que fui criada, dentro das limitações humanas.
Não sei se é correto afirmar a limitação. mas as convenções em que as pessoas delimitaram nossas conquistas, nossa capacidade, nosso querer.
Eu só posso ser o que querem que eu seja!
Ou só fazer minhas escolhas baseada na loucura de que seja o correto, dentro daquilo que me fazem acreditar que seja o certo.
Tenho que estar dentro da lei que insiste em dizer que me protege, quando na realidade estou desnuda diante dela.
Ela me deixa completamente a deriva dentro de mim mesma, atormentada em seguir os estatutos que ela me impõe.
Sem se importar com minha própria identidade. se sou feliz ou não, pouco importa, desde que seja conveniente para a sociedade.
E desta forma a própria sociedade adoece, porque regras e regras deixam qualquer ser fora de si, e sem expectativas nenhuma de vida .Somos autômatos fazendo de conta que tudo está conforme os conformes, aceitando de bom grado nossa própria ineficiência de poder interferir naquilo que já está estipulado de loga data, só para tirar proveito da nossa ingenuidade diante dos fatos. E assim, morremos um pouco a cada dia, desesperançados demais para reclamar e fazer diferente!


Autora: Herta Fischer                                           direitos reservados





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