E quando não mais estiver
A existência for um descampado
E o fio do do varal te contar
Quantas vezes essa mão se ergueu,
pelo muito que já viveu
O ladrilho já bem descorado
De pegadas que o tempo esculpiu
De idas, vindas e trabalho
De um rosto que muito se viu
Soarei como os ventos que cantam
ao chegar, novas, as estações
A trazer folhas secas de longe
á uivar suas belas canções
E do mato se ouvir um murmúrio
Com os pássaros livres a cantar
Entoando cantos e hinos
com seus bicos e corações.
A se lembrarem que ali já passei
Com minha prancha imaginária
A surfar nos caminhos e nos ares
Como mares de recordações.
Entre os barcos de boas memórias
Um furação de saudade irromper
O vento contará da passagem
De um ser que veio pra vencer.. E
foi embora, para se promover
Hertinha Fischer
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