Repentinamente, o tempo nos mostra suas raízes mais profundas saindo pelas têmporas, sulcando a camada mais fina do maior órgão do corpo. São marcas de vida, de desassossego, de renúncias, mas, também de alegrias vividas.
Ao lado do barracão de saudade, renasce uma esperança gigantesca, fincada na terra prometida, a flor destila o mel.
A terra gira, virando a mesa, e vai nos distanciando, aos poucos, enquanto, em outro tempo, cria outros lugares aproximados para outros sentarem.
A sensação de vazio paira no ar, boceja soberbamente sua boca inerte, no entanto, não se sustenta. A razão, tão inibida, repentinamente se adverte, e destro transpõe seu caminho.
É quando a mentira chega e quer derrubar a verdade. É quando a morte, perturba, querendo vencer a vida. Mas, a vida é vida, portanto, não se deixa intimidar, enganando a morte só por um momento, embaçando a realidade com fumaças ilusionistas, para depois, novamente, reaver o seu lugar.
Um pântano pode esconder tantos perigos, mas, nunca corrompe toda a terra. Sempre haverá esperança a submergir em suas margens. O engano destrói a visão dos olhos carnais, mas, as lentes do bem, corrige os olhos da alma. A mentira, pode correr a solta, porém, os laços da verdade, por certo, a pegara´.
Hertinha Fischer.
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