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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

terça-feira, 11 de abril de 2017

Marcha a ré

O som que vem de fora
não mais me assusta, pois
aqui dentro desenha-se a paz.
Não compactuando mais com
as coisas mundanas, No querer
ter e perder, perder e chorar
e achar que perdendo se perde.
Valor existe no amanhã, pois o amanhã
é o único que ainda não aconteceu,
e também o único
capaz de realizar mudança.
No hoje se vê
as coisas acontecendo á seu modo. Lá fora,
o sol predomina, mas amanhã, este mesmo sol
poderá estar encoberto por densas nuvens, ou
chovendo, quem sabe?
Hoje eu estou desse jeito, tranquila e serena, amanhã
posso sofrer um revés e estar totalmente insegura e infeliz.
Por isso é necessário praticar constância.
Já me disseram: - Eu não consigo mudar de rumo,
quando estou infeliz!
Medite aqui comigo: - Sofrer é bom?
Então porque é tão difícil se livrar dele?
Porque, na verdade, estamos cercados
pela vaidade, e a  vaidade não deixa a mente livre,
ela vai corroendo o bom parecer, vai desenhando
mais coisas ruins, ao ponto de deixar o individuo no chão,
até que você entenda que viver é ruim.
Não é a vida, não são as escolhas mal feitas,
os verdadeiros culpados, mas , sim, quem
se deixa afundar demais em si mesmo.
Olha para a expansão do tempo, e veja o quanto
o viver individual é curto.
E quanto tempo perdemos nos apaixonando
e sofrendo.
Quando eu me apaixonei pela primeira vez,
a reciprocidade durou apenas dois meses,
por força do destino,ou
por incompreensão, sei lá! tudo
se desfez rapidamente.
Eu não fiquei a amargar meus sentimentos; a luz
se apagou, mas eu achei meus motivos, para
levantar e acender de novo, Não me limitei
a ficar no escuro.
Estava dentro de mim, ou melhor: eu mesma
construí a dependência do outro, então, estava
em mim, o poder de desfazer.
Assim como num lagar, as uvas são pisoteadas
para se transformar em vinhos, mas, se eu gostar
da arte de ficar pisando e pisando, isto nunca acontecerá.
Só quando eu acordar para a realidade, verificando que,
sou capaz de abandonar as dores, podendo sim, controlar
minha mente, e desviá-la para uma outra direção, eu
poderei me desfazer dos enganos.
Tudo é uma questão de lógica. Eu tenho em mim a
capacidade de mudar a direção, não só
a de meus atos, como também, á de meus sentimentos,
pois haverá um tempo, em que terei que perder pra valer.
Ficar a adular dores, é o mesmo que ter que engolir sem querer.
Se eu tenho á minha frente um prato cheio de alimentos
que não gosto, está em mim, poder afastá-lo, ou comer e vomitar.
Eu prefiro afastá-lo, do que, teimosamente engolir e ficar passando
mal.
É simples! Só é complicado para quem gosta de ficar
se fazendo de coitado(a) para chamar a atenção.
Herta Fischer (Hertinha)








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