Nasci com correntes invisíveis nos pés, mas, a alma,
livre, como um cavalo indomado.
Lá nas bandas onde morava, tudo era incerto. Nem
sabia dos desertos.
Havia contos em revistas
lidas com os olhos do coração
Romance impossíveis que davam certo
E me perdi na canção
Minha mãe, tão pequenina, casou-se ainda menina,
nada tinha para contar,
A não ser do que vivia e se via a olho nu
Sua luta me inspirava, seus princípios me corrigia, mas,
ao certo nem sabia.
Minha Vivência se mantinha, ainda, em pano cru
Fui andante, entre sonhos, que, em travesseiros construí
A vida é mais dura que pedregulho que já comi.
Atravessei de canoa, areia movediça e pedregal
Não me atentei ao que me fazia mal
Acreditando que tinha sentinela
velando minhas passagens
Valeu cada centímetros dessa viagem
Nada me tirou do rumo,
sonhos também tem sumo,
um dia ele encontra seu prumo
entre prumos e rumos eu me acalmei
Até que aqui cheguei.
Hertinha Fischer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário