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Deleite com café

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sábado, 13 de janeiro de 2024

Cara ou coroa

 Tem um cansaço aqui dentro, daqueles que nem se sabe de onde vem.

Algo como carregar peso invisível nas costas, nas pernas, na vida.
Será o peso do tempo, ou o peso da experiência?
Vivemos mais cansados do que antes - falta de conversas animadas, ou falta de animação do viver.
Tudo nos parece mais triste, Nem mesmo as árvores frutíferas estão a produzir com alegria.
Os cães que saiam para caçar, correndo e farejando, latindo de tanta alegria, apenas rosnam a beira de suas cadeias ideológicas. Homens que andavam pelas ruas, aspirando o ar fresco pela manhã, ficam por horas enlatados no transito.
No trabalho, ao invés de ativar o cérebro, ativam a mecânica - São controlados pela máquina.
Esse cansaço acaba contaminando rios, gente, mata, vidas.
Os olhares, antes tão cheios de ternura, claramente, anuviados por um véu de subtração.
Ouro de tolo a submergir da esperança.
Por onde for é pichação - Prédios, escola, ruas, gente.
O mundo se tornou um buraco negro, vai engolindo tudo. Ainda se produz, mas, a produção foi alterada, Já não é o que foi.
Até o simples se complicou.
Mercado de almas adotando povo.
Povo se consumindo a procura de algum prazer.
A luxuria a competir com a vida, o dinheiro comprando os miseráveis ricos, e os opulentos pobres a desejar o chão.
Hertinha Fischer.

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