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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

sábado, 3 de dezembro de 2016

O indivisível

Estou indo embora de uma vez,
não posso mais aguentar estes dias chatos.
São dias em que as rosas não se abrem,
a chuva não cai, e ninguém a me dizer
por quê?
Nuvens pairam em mim, e a minha
alma não encontra nenhum consolo, só
esquisitice e pensamentos frios.
Já tentei mudar, tentei florir em todos
os jardins que encontrei, mas, as pragas
do mundo teimam em me ver murchar.
Tento desesperadamente espalhar esperança,
as transformo em palavras, para que sintam
nos ouvidos  o som da chance que ainda
temos.
Não de mudanças externas, nem mudança
de estatus, nem amor demais. è só
o acolhimento verdadeiro de cada
um para cada um, sem aquele sentimento
que confunde  a gente. O de se amar para
 enfim amar.
Semeia-se amor próprio, quando O Senhor Jesus
nos ensina a esvaziar-se de si.
Semeia-se toda forma de amor confundindo-se
com lascívia.
Semeia-se corrupção querendo colher bem.
Tá tudo errado.
Não quero mais fazer parte, não quero mais
me tornar sócia deste conturbado sistema.
Quero sair, ser de fato, livre. Numa liberdade
simples, onde o real prazer exista.
Quando eu possa me assemelhar ao
indivisível, Ser um todo e não mais
me sentir apenas pedaço.
Que ninguém mais me questione sobre
o que penso, o que acredito, como vivo,
sem me conhecer.
Porque da mesma forma que vivo eu penso,
da mesma forma que eu penso, vivo.
Só não posso ser como todos, pois eu sou
inteira em mim mesma, e não suporto
a mediocridade de quem tenta me
despedaçar, controlar a minha crença,
como se pudessem tirar de mim a
coisa mais divina que ha.
O crer que a vida é muito
mais importante que qualquer corpo,
pois, todo corpo um dia vira pó,
mas, a vida permanece para sempre!
Esteja eu onde estiver.
Herta Fischer





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