Terminou o meu dia, então eu olhei para trás.
Foram tantas lembranças, que o meu coração tremeu.
Só lembranças do que deixei, do que vivi,
então, via minhas esperanças escorrerem sobre os vãos dos meus dedos,
não havia mais tempo.
Encostei-me sobre o umbral das lágrimas, e quase me desfaleci.
É triste querer e não mais poder,
a linha esticou de tal forma,
que quase arrebentou.
Na minha estrada não havia mais flores, só espinhos a espreitar.
Deitei-me na cama desgastada, e sobre lençóis rasgados eu dormi.
Fieis foram os anos, sobre a infidelidade dos meus sonhos que não brotou,
e eu fiquei entre a realidade e um cochilo, assim, muito perdi.
Só damos real valor no tempo, depois que ele sem graça passa por nós,
espera que o desfrutemos, nos mostra seus sentimentos, e nós o deixamos passar.
Quando não há mais estradas, quando não temos muito tempo,
é que percebemos o quanto é importante olhar mais para as flores.
Compreendi então, que o mais importante da vida, não é o ganho, não são os amores,
são as pessoas que passam por nós.
Com elas deveríamos ser felizes, sentir-nos realizados, mesmo que a presença fosse só por um lampejo de tempo.
Porque o tempo nos desgasta, e o que sobra no final?
Um montinho de incertezas e na boca um gostinho de quero mais!
Herta Fischer
Total de visualizações de página
Ciranda noturna
E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Difícil imaginar plantando aqui e colhendo lá. Aonde se planta é aonde deve-se colher. Ignoro, as vezes certos conceitos de que depois q...
-
Estou aqui a pensar em escrever mais um poema, assim, como qualquer trovador, que busca em seu mundo, palavras que designem um...
-
Estava eu atrás de alguma coisa que me chamasse a atenção, enquanto caminhava pela estrada de chão batido, ouvindo o som dos meus passos, ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário