Ah, essa imensidão de ais,
como revoada de pássaros,
que passa.
Nuvens a tossir água,
gelo a se formar em forma.
Gritos em silêncio, dramas românticos.
Suavidade de desgostos, especulação
de felicidade.
Vejo gotas dando saltos, chuvas subindo,
seca descendo.
Palavras descrevendo descarte,
Gente sendo massacrada por moscas.
Utilitários esmagados e destinatários
corrompidos.
Chama-se de solidão o baile, e convivência,
o invisível.
Fala-se com os dedos e cala-se no consciente.
Normaliza o anormal e desmoraliza a moral
Trata-se com ignorância o ignorado e
inverte o marginalizado.
Hertinha Fischer
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