Total de visualizações de página

Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Castelado por dentro

Cansada demais para pensar, cansaço de horas a fio,
de certezas estraçalhadas, de mentiras contadas,
de verdades escorrendo como mel em boca de urso.
Cansada de canções mal feitas, de acordes violados, 
de letras corrompidas e versos controversos.
De águas salgadas, de mar angustiado pelas espumas,
de nascentes mortas e rios fora de curso.
Cansada de amores desconstruídos, de irmãos desunidos,
de gente engolindo gente,
De ideologia  de costumes, de vender-se ao superior
de lavar os cabelos e escovar o dente.
Cansada das mesmas cores, das vinte e quatro horas,
que nunca se esquece, dos ventos que se escondem,
quando o suor se enriquece.
Ha muito que só duvida, ha muito que só se sonha
realidade se esconde em órbita
no peito frio de cada onda
Cada escondido só é achado, quando a fantasia
olha de lado. Depois se mostra a realidade
banindo a vista do debochado.
Insensatez de quem se vê, melhor do que realmente é,
barco navega em plena noite, lançado forte contra maré.
Feitos desfeitos nós, tira a planície da corda, gente que sonha
demais, não faz nada quando acorda.
Vive de barriga roncando, sem que a mão sustente a força,
come do pão alheio, e do brio faz a forca.
Hertinha Fischer









Nenhum comentário:

Postar um comentário