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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

sábado, 12 de novembro de 2022

Dois polos

 Dentro dessa caixa cerebral que nada define,

entre massa encefálica e descrédito, onde

se cria, em revelia, o inexistente descabido da ilusão.

Vaga e viaja entre as frondosas ondas do sonho que nunca houve

na real compreensão do viver.

Desfaz-se da verdade absoluta, entre a mentira de um poder abstrato,

descorrente e inativo de um ser que se consome nele mesmo,

como uma musica que, de repente, se é lembrada, sem, no entanto, fazer sentido.

Vejo, em cada passo, uma corrente, que se alinha nos tornozelos, enlaçando o encalço,

derrubando o andar.

Como flertar com o vazio?

Sentindo fome de mim, sem saber, se, do que sou, sobra algo no final.

Já conheci solidão, fiz amizade com o silêncio e amei as silenciosas frentes frias que assolavam as folhas mortas que agonizavam abaixo dos meus pés.

Caídas e desmoralizadas, se amontoavam entre organismos invisíveis que as desejavam, infantilizando

 velhos costumes de ouvir vozes sem som.

Doído senso de coitado, sendo e sentindo-se menor que grãos de cominho. Pelo menos, os grãos se tornam. Eu, me torno o quê?

O tempo também envelhece sentimento, enruga e frustra  vontades,

despeja nuvens sobre cores, desbota caminhos e desenfeita paixões.

De modo, que, nem todos são iguais, sentem com o mesmo frescor e se combinam com os mesmos números.

Tudo dependerá de que fonte nasceu. Se você fosse eu?

Hertinha Fischer












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