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Deleite com café

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domingo, 21 de março de 2021

O porvir

 Porvir, uma palavra bem definida e, sem sentido algum,

quando se trata de viver,

Estamos focados no porvir, quando a unica coisa que nos espera é a morte.

Estamos sempre em expectativa de viver a eternidade aqui e agora, Nem pensamos em

quantos sofrimentos experimentamos no decorrer da vida passageira á qual sabemos e conhecemos.

Por isso é que devemos nos focar no invisível das promessas de Deus, A invisibilidade após a derrocada do corpo mortal que nos reveste.

O núcleo da semente é que desperta, a casca é a casa do espirito, casa esta, que morre, quando a vida desejada precisa eclodir.

Somos iguais a tantas outras espécies, que espera a eclosão da essência, escondida em Cristo, que nada mais é do que a nossa consciência.

Aquilo que aguardamos sem ver, embora,  estejamos despertos para um mundo que nos matará.

Ou, pelo menos, acreditamos que assim seja. No entanto, esquecemos, da polpa, que guarda a realeza da propriedade. Aquela propriedade que nunca morrerá, embora pareça que sim.

Quando olho para as coisas que me rodeiam, vejo tudo que meus olhos podem alcançar, embora, sinta somente as ilusões que pulsam em mim.

Uma ilusão de comodidade, esquecida de que tudo pode mudar a qualquer instante, e não possa mais fazer parte, dessa maneira que ainda persiste no agora.

Só então, consigo olhar para o tempo passado, quando os que já se foram, deixaram suas marcas, que ainda, por um tempo, serão lembradas, mas, tão logo, esquecidas.

Damos tanta honra ao tempo, mas é, justamente, o tempo que nos apagará, quer seja em corpo, quer seja, em memória.

Dizer que tudo acaba no tumulo é meio que, nebuloso. Dizer que permanecemos com consciência depois da morte do corpo é meio que sem sentido.

Dormiremos, diz o Senhor:  Porque dormindo não temos consciência de nada, por isso, esse termo é usado. Significando que toda memória estará apagada por algum tempo. E só Deus poderá resgatá-la em tempo determinado - Ele dá, ele tira e ele restitui.

Assim, como em gerações, a nossa marca passa de um para o outro, geneticamente, Assim, também despertaremos, na mesma patente em que fomos definidos.

Não mais como quem morre, mas como quem já passou da morte para a vida.

Embora seja difícil acreditar que precisemos morrer para viver. É isso mesmo. Despregar da casca para que a divina semente esteja pronta para se transformar em muitas.

Um só pé de feijão produz centenas. Não sem antes morrer por fora.

Então, não devemos temer a morte do corpo, porque o corpo nada é. Devemos temer a morte da semente, E isso, só Deus pode decidir!

Hertinha Fischer











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