O que podemos mudar, senão nós mesmos?
Sai do ventre de minha mãe, plantada á beira de uma estrada.
Tentando sobreviver, embora, as condições fossem precárias. Não
sabíamos se a primavera traria flores, ou se o inverno intenso sugasse toda a
energia e tudo acabasse num repente.
Gravo dentro de mim a maior das certezas, que de certeza nada tenho.
Não sou uma pessoa triste, nem desfocada, nem tão pouco, desmotivada,
embora pareça que sim.
Só não acomodo o pensar numa gaiola, como se as coisas que conhecemos, de repente, pudesse
vir a ser outra coisa que não é.
A convivência entre os seres deveria ser respeitosa, afinal, nos gabamos de nossa consciência.
E ainda, como meninos, precisamos de leis para nos corrigir.
Colocamos limites em nossa propriedade como se pudéssemos ser donos da terra, No entanto, não somos donos nem de nós mesmos. Mas, se acaso, não houvesse necessidade de demarcação, seríamos expulsos de nossa própria casa. O homem não tem limite próprio, por isso é tão importante os limites que a vida impõe.
As leis substituem as armas. Sem lei, armas seriam necessárias, pois, não ha só um homem capaz de se ordenar sem guia, ou se proteger sem o uso da força.
Em meus devaneios utópico, sinto que para mudar seria necessário recomeçar. Mas os interesses individuais, jamais permitiria tal mudança, pois compromete a salubridade do egoísmo.
E sendo assim, a continuidade da derrocada da humanidade, como conhecemos, está viajando a jato.
E eu, continuo a beira da estrada, plantada num matagal, sem nenhuma possibilidade de ver o bonito das flores...
Hertinha Fischer
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