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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

sábado, 27 de março de 2021

Factual

 Encaro-me, as vezes, de frente,

e só vejo rastros de mim

á vaguear na incerteza.

Construo e desconstruo-me, incessantemente,

para que possa ainda ser novidade.

Olho para a objetividade, e nada mais é do

que aquilo que esta constantemente de passagem.

Já estive com vontade de voar, e descobri que não tenho

asas.

Já tentei me iludir com as alegrias, mas, era

só uma criança brincalhona a brincar comigo de

esconde-esconde.

Já tentei mudar de direção, e me encontrei nos mesmos

caminhos.

Já mudei o enredo da historia, e nada saiu do mesmo.

Já acreditei em contos de fadas, e me dei conta da realidade nua e crua.

Já tentei sair de mim, e só vi sofrimento.

Já tentei domar a memória, e quem foi domada foi eu.

Já tentei voltar ao passado, e não encontrei mais nada lá.

Já tentei ver com outros olhos, me deparei com outras ilusões de

percurso.

Já tentei, inutilmente, forçar a positividade, nada muda uma situação

de negatividade.

Já tentei acreditar em milagres, E descobri que de nada adianta querer.

Então, com todas essas certezas, sigo em frente, pois, não fomos

feitos para retroceder.

Uma folha, depois que se desprende do caule, mesmo

sendo colada novamente, não passará de uma folha morta.

Hertinha Fischer




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