Encaro-me, as vezes, de frente,
e só vejo rastros de mim
á vaguear na incerteza.
Construo e desconstruo-me, incessantemente,
para que possa ainda ser novidade.
Olho para a objetividade, e nada mais é do
que aquilo que esta constantemente de passagem.
Já estive com vontade de voar, e descobri que não tenho
asas.
Já tentei me iludir com as alegrias, mas, era
só uma criança brincalhona a brincar comigo de
esconde-esconde.
Já tentei mudar de direção, e me encontrei nos mesmos
caminhos.
Já mudei o enredo da historia, e nada saiu do mesmo.
Já acreditei em contos de fadas, e me dei conta da realidade nua e crua.
Já tentei sair de mim, e só vi sofrimento.
Já tentei domar a memória, e quem foi domada foi eu.
Já tentei voltar ao passado, e não encontrei mais nada lá.
Já tentei ver com outros olhos, me deparei com outras ilusões de
percurso.
Já tentei, inutilmente, forçar a positividade, nada muda uma situação
de negatividade.
Já tentei acreditar em milagres, E descobri que de nada adianta querer.
Então, com todas essas certezas, sigo em frente, pois, não fomos
feitos para retroceder.
Uma folha, depois que se desprende do caule, mesmo
sendo colada novamente, não passará de uma folha morta.
Hertinha Fischer
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