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Deleite com café

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sábado, 17 de outubro de 2020

Sobre os trilhos da saudade

 Saudade entra no peito

e fica incomodando.

Saudade, saudade, 

em buraquinhos, sondando.

Rostos, sorrisos, companhias,

apenas perfumes exalando.

Frascos vazios, frestas na porta,

de vida que foi minguando.

Poeiras  nas roseiras,

enquanto o tempo foi passando.

Só resta sombras e vultos

em vias que vou lembrando.

Da terracota, asfalto, de casa de madeira

á tijolo, meus pés vão desfilando,

Saudoso da aridez, agora na maciez,

choram agonizando.

A noite me traz lembranças

dentro do peito a agonia

de um coração sangrando.

Pelo que ficou para trás,

tempo que não volta mais,

sigo em frente chorando.

Uma saudade palpável

que só me faz bem lembrando.

Hertinha Fischer


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