Nego-me três vezes nesse ensejo
que o desejo me resvala.
Que o galo cante e me levante
desta trombose de fala
Não sei se dou conta desses hoje e
amanhãs
que de intento, quase tento
inventar outro tempo.
Na mesmice do mesmíssimo,
mesmo que na crendice
insistido e assistido,
enfrento o que ainda
sou, e o que será?
Esperança quase na frente
a quilômetro de distância.
Em dezembro, talvez janeiro
esta crise há de passar.
E quando penso que passa,
passado se torna outra vez
E lá vem outro ano
com outra estupidez.
Gambiarra feito de gesso
na água é que se dissolve,
dai é que a gente resolve
essa febre amputar!
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