Estou cheia de mim, tão
cheia que me derramo.
Espanta-me as nuvens negras la fora, vista pela
janela entre-aberta.
Mais ou menos como eu, um pouco cheia também.
Dizem que, muitas vezes, só contamos do mesmo vicio,
mas, que mais podemos contar, senão do que conhecemos?
Sou o que meus olhos veem, sou o que meu ouvido escuta,
sou também um pouco da historia de todos os dias, fantasias!
Não me trazem nada, nada me oferecem, a não ser do
que eu mesma sobeje.
A cama, o livro, o computador, as letras, a fome pela escrita, tudo
a derredor de meus sonhos.
E eu, sempre a mercê de mim mesma. A ouvir a musica das horas,
num sonar de segundos, sem que sequer perceba que o tempo me desgasta.
Bate um vento gostoso em meu corpo, meus dedos batem
nas teclas com o mesmo ritmo, Uma serenidade poética atrai
o pensamento, e sem querer ou pensar, as letras dançam e se fazem
melodia em mim.
Como não gostar de viver, de saborear letrinha após letrinha, até que a
sopa esteja pronta e o paladar satisfeito?
Hertinha Fischer
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Deleite com café
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domingo, 12 de janeiro de 2020
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