Buscamos o quê,
e por quê?
Comum é o que todo mundo vê e sabe.
Sagrado é o invisível de cada um,
na busca por algo mais que não
esteja apenas na satisfação dos sentidos.
Os sentidos corrompe, denigre, ostenta....
O espirito não se contenta com o corpo,
porque ambos não sintonizam com a Divindade.
A Divindade, para quem acredita, nada mais é do que
ansiar pelo oculto. Se estivéssemos completamente
satisfeitos com o que sobra de nós ao final, nem
estaríamos tão aflitos para conhecer outro mundo.
Na dor, todo mundo procura por algo, na alegria
esse algo fica sem motivos.
Ha um Deus?
As vezes nos parece impossível haver, noutras,
a gente sente que não dá para acreditar na vida sem um.
Nossas preces caem no vazio, parece que Deus fechou seus ouvidos
e não mais nos escuta. Será o Comum tomando posse de todos?
O Sagrado não deve ser perturbado pelo comum das coisas, mas, então,
por que não nos sentimos Sagrados e nos tornamos tão comuns
diante dos fatos?
Impotentes e desnudos é o que somos ou nos tornamos pela
querência de posses, mesmo sabendo que algum dia, isso nem fará tanta
importância.
Fabricamos mentiras para acalentar o coração amedrontado pelas
incógnitas dos aconteceres. Como se a Divindade fosse apenas propriedade
individual.
O Comum e o Sagrado juntos e separados. Temos promessas e nelas não acreditamos,
porque continuamos enraizados em qualquer mentira que nos contam, ou
em qualquer coisa que nos leve a acreditar numa eternidade em conformidade
com a esperança de um mortal.
Por isso é que troncos, pedras e gessos se tornam deuses, seria o comum o Sagrado?
Difícil demais ter esperança em algo que não SE VÊ, mas, a verdade do comum é
esperar que o que não vê nem ouve, olhe por eles e os livre dos males.
Hertinha Fischer
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Deleite com café
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sábado, 11 de janeiro de 2020
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