Total de visualizações de página

Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

sábado, 11 de janeiro de 2020

Nas caixas do destino

Papelão,
eis a vida!
Sobre sol forte e chuva,
se desmorona.
De hora em hora se refaz e se desfaz,
a hora passada é passado.
Algum dia alguém foi e se foi,
como águas que se enfiam em bueiros.
Saudade se revela na lembrança,
resquícios de amor desfeito.
Hora ou outra me distraio disso tudo,
então, sou feliz.
Vida feiticeira, cobre-me com teu perfume
 de uma alvorada, para depois despir-me
em noite enluarada, quando me desfaço
em potes de insatisfações.
Se sou, um dia fui e não sou mais, mais que lembrança
apagada de uma estação.
Vulcão sem função, chama apagada, lugar inóspito
e repleto de vida dolorida,
Que mais posso dizer de mim mesma, que não seja
o que passou?
O futuro é fonte ainda em construção, onde a dúvida ronda.
Cofre vazio com chave de segredos é a função do viver,
descobrir e desvendar seus mistérios é ser poderoso.
Hertinha Fischer


Nenhum comentário:

Postar um comentário