Na brisa mansa que cai pela manhã, envolvida num manto a cobrir quase tudo. Na magia serena do despertar, entre lençóis amassados, suspiros sofridos, envolvida em sonhos no desejo de viver.
E o sol muito tranquilo, no nascente do acaso, vem de mansinho esse invólucro dissipar.
Então busco forças pra me levantar, ao encontro da vida, que caminha descalça entre flores e espinhos, pra seguir a esperança de não despertar em vão.
Minhas mãos tão pequeninas, como tesouras afiadas nas pedras do destino não se cansam de tecer.
Esse é o segredo, os anseios do meu coração que não se cansa, de bater descompassado nessa ânsia de viver.
Num impulso então levanto, tantas coisas esperam pelo amadurecimento da alma que precisa se acalmar, e num abraço sincero, vem ao encontro do nada, e o nada se torna tudo nesse prazer que a vida tem, de nos dar o que fazer.
Quanta vida se esparrama, na soberba da vida, da ilusão que a eternidade venha te socorrer. Mas os ossos estão tão fracos e aos poucos vão se quebrando, a paisagem se tingem de cinzas e o dia se esquece que ainda não terminou.
E o sol se esconde entre matas e morros e a sombra se espanta no derradeiro da alma, e aquela doce calma, dentro do sorriso da alma, te avisando que o tempo já expirou.
Os obstáculos se estendem e entre trancos e barrancos, eu vou caminhando sem olhar para os lados, nem tão pouco olho pro horizonte que se aproxima cada dia um pouco mais.
A estrada está curta, e os passos estão tão lentos, a vida se esvai também lentamente, como o sol que seu dia completa, antes que a escuridão entristeça sua jornada, antes que eu não veja mais nenhum amanhecer.
E o sorriso que havia, quase nem se ouve mais, se apagou como uma chama sem alimento. A vida levou consigo o alimento, e a chama vai se apagando no fumaceiro da alma.
E o vento carrega em seus braços a dor e a fadiga, a amargura do não consigo seguram minhas frágeis mãos.
Ontem, eu tinha sonhos, hoje, eu acordei, olhei e vi que a vida completa seu ciclo, e os olhos se fecham para o prazer e o amor.
Não se prenda a nada , não cultives amargor, porque o que sustenta os ramos, é o caule da flor, e o que sustentam a vida são os pingos de amor!
Autora: Herta Fischer direitos reservados
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Luz azul
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
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