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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Eu dando vida as coisas

 E o caminho era suave - sem obstáculos

na pronúncia das flores.

Um perfumado sonar de cores e risos,
que se estendiam na passagem dos olhos.
A liberdade corria como balsamo nas veias,
colorindo as entrelinhas da alegria escancarada.
Corpo e mente sintonizada com o vento
a bater levemente nas folhas.
Espaço pequeno mundo - resumidamente geográfico.
Pedrinhas sem cor, acolchoando o amarronzado
corpanzil das estradinhas empoeiradas.
O mestre saber, do tempo, escrevendo em si mesmo,
nas folhas brancas e soltas do ar.
Uma mente dançante, a copiar o ventre das folhas espalhadas pelo chão, dando vida a magia
de um ser.
Ser que nem sequer sabia ser.
Um corpo pequeno e de poucos dias,
á sonhar com a realidade abstrata,
Em seu redor o vento continha verbo,
personificando o oco do espaço.
A corrida que do coração escapava,
abrindo o caminho dos lábios para sorrir.
A dança do tempo que não parava,
enquanto o corpo cantava o silêncio
das coisas.
Tudo era vivo, mesmo o que parecia morto.
Se ali continha, existia,
se existia tinha propósito,
na alegria de me ver passar.
Hertinha Fischer



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