Evoluía a tarde em suas andanças açucaradas,
embrenhando entre os galhos desleixados.
distribuindo fleches de luz nas íris floradas,
enquanto a lua já se fazia ornamentar atrás do morro inerte.
Canções de cigarras e sabiás se fazia ouvir na boca do verão,
que acalorado, ainda, pela paixão eminente, se expandia,
baixando seu hálito quente sobre a terra.
Meu corpo sempre corria, para movimentar um pouco, de ar,
tornando mais leve o próprio respirar.
Enquanto os cabelos escorriam pelos ombros, os poros
iniciavam um lacrimejar, sistêmico, aliviando, um pouco,
o bafo quente da atmosfera.
A orquestra da noite começava a tocar a musica do silêncio,
onde os grupos dos sapos e dos grilos, conseguiam quebra-lo,
afinando as cordas de seus violões desafinados.
Tempo, de quanto tempo carecemos?
Apenas num segundo de luar, floresce tantos sonhos.
Hertinha Fischer
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