Acordei pensando no amor. E logo me veio a mente a figura de Cristo - sem rosto, de coração aberto.
Doando-se como o céu se doa as nuvens.Fiquei meio atordoada e logo pensei: Quem conhece o verdadeiro amor?As características do amor: não é soberbo, não é ciumento, não se orgulha, não é inconveniente, não procura seus interesses, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, e se regozija com a verdade - Tudo suporta, tudo crê, tudo espera.Isso me lembra o decorrer da vida, não é direcionado a nada que se refere ao individualismo,
Então pensei com meus pensamentos: Quem é o amor, ou para que serve o amar?
O amor somos nós, este é o sentido. A que devemos esse amor? A Deus que nos fez!
Serve para servir, sem, no entanto, usar de si mesmo para exemplificá-lo.
O amor em si, o amor em nós, o amor que equivale, o doador, o receptor.
Como um casamento perfeito, onde o doador e o receptor agem de maneira digna, justa e abençoada.
Ai me lembro das virgens, das lâmpadas, das bodas.
As prudentes se abasteceram o suficiente para esperar que o esposo abrisse a porta para a festa. As néscias
acreditavam que estavam seguras e que, o esposo, assim que as visse, abriria a porta, trouxeram pouco combustível para suas lâmpadas e elas se apagaram. E ao ficarem no escuro, pediram azeite emprestado para as virgens prudentes que, imediatamente, se recusaram, dizendo: Se dermos a vocês e o noivo se demorar, correremos o risco de também perder a festa.
Quando as néscias saíram para comprar combustível, o noivo abriu a porta do salão, as prudentes entraram,
O noivo fechou a porta, quando as néscias voltaram encontraram a porta fechada.
Assim também é a vida.
Muitos tolos não acreditam que a porta pode se fechar de uma hora para outra, se recusam a olhar com clareza, até que a porta se feche e fiquem de fora.
Aconteceu na época de Noé - Quase todos, exceto sua própria família, acreditaram em Deus e em sua palavra, quando disse que haveria uma grande inundação que cobriria a terra. Os ateus zombaram dizendo: Como isso seria possível. O mar estava em seu lugar, protegido em seus limites, os rios se acomodavam, cada um em seu lugar. Jamais choveria tanto para inundar aquela terra que era grande em extensão. Riram quando Moisés começou a construir a arca, e mais ainda quando começou a coletar os animais para salvá-los. Mas, certo dia começou a chover sem parar, e não parou por cinquenta dias, a arca começou a emergir, os incrédulos que até aquele momento estavam alheios, cada um com seus compromissos, começaram a pedir socorro e o socorro não veio.
Se passaram milhares de anos e Deus vem dando oportunidade para que o amor nos leve ao arrependimento. E assim, possamos, através do exemplificado amor, viver uma vida equilibrada, deixando de lado todo tipo de rancor, inclusive aquele que nos faz esquecer o amor.
Obedecer é o caminho, sem obediência a porta se fecha e ficamos de fora, sem conhecer a gloria das bodas.
Poucos entrarão pela porta, e quando esta se fechar, tentarão arrombá-la, mas, já estará lacrada e selada.
É tão difícil acreditar que será assim, assim como naquele tempo, os incrédulos não acreditaram no dilúvio.
Muitos se agarram a vida que tem, acreditando que nunca vão morrer, e quando a lâmpada do corpo físico está quase se apagando, clamam por misericórdia.
E encontram a porta fechada, não há mais a quem recorrer.
O mar continua agitado, a arca se equilibra sobre as ondas e a terra já está inundada por águas impuras. E do amor revelado, só sombras e duvidas, assim, novamente, um diluvio se instala, só que desta vez, o mar tá dentro da gente.
Hertinha Fischer