Ainda me sento em esperança
nas quinas de tantos sonhos.
Na meiguice da inocência
feitas de tábuas e pregos
Delírios que se medem
Subtraindo tempo, andando
para trás.
Para emergirem os pequenos
sentimentos deixados
no ar
As quinas que ainda cheiro
as narinas que querem ver
Se pudesse voltar,
sem ter que passar.
Olharia com paladar.
Quanta imagem ainda padece,
Quantos sabores carrego
nas costas, e quanta
linguagem escorre
por entre veias.
Os trechos que não escrevo,
as letras que a memória espanta
O sabor de vias e lágrimas
que ainda conservo na garganta.
Saudade viaja, saudade voa
nas cataratas perdidas e
nos furos de uma canoa.
Hertinha Fischer.
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