Ao longe o horizonte, perto, o irmão
Que luxo amar.
Sendo que amar não deriva de luxúria,
luxúria é eu.
Amar é, todos.
Basta viver e deixar que vivam.
Assim como as palmeiras escondem
seus palmitos.
Assim como as aves voam e o ar é grande
para todas as asas.
Assim como o caule que produz flores e não o é.
De onde se formam?
Eu , que de mim, sou
e na ganância me acho mais.
E em minha prepotência me broto
Sou uma pequena pena dentro de um revolver,
pronta para atirar, achando
que tiro a vida.
Que pretensão, se nem caibo em mim
A quem pertence a vida? senão, aquele que a dá?
O instrumento não vale nada se não for manuseado,
ou, mesmo manuseado, não será nada sem competência.
O prego jamais será fincado com as mãos, é preciso a força do ferro, para
que as mãos faça efeito.
Posso ver o prego, o martelo, mas, a força me será sempre
invisível.
Assim como vejo o corpo a se mover. Penso, logo existo!
Ou existo para pensar?
Hertinha Fischer
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