E as vestes tão simples varria o roçado,
De lado a janela que se abria por dentro
De tão triste a enxada engolia a foice
Em cima a febre do seu firmamento
Raposas uivando como um lobo
em ninhos cobertos de cedro e capim
seus ovos se iam sem nenhum pecado
na terra dos deuses tupiniquim.
De tudo que amansa se rende a praga
rostos cobertos de pano carmim
Te leva a fome onde não tem nada
se dorme em cama feita de capim
Nem sempre a farsa é pobre e burra
as vezes se deita lá nas alturas
Homens que rezam no alto dos montes
trazem em si, imensas ranhuras
Fuja daquele que empresta favores
Nem sempre o bem é aquilo que vemos
boas palavras também é razão
para tirar aquilo que temos.
Hertinha Fischer
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