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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Fora de contexto

O vento cessou, chuva na certa.

Quando venta aqui dentro, é como andar a cavalo,

corcoveia.

Agita-se a emoção que muitas vezes nem tenho, mas tento!

Sou  mestra em me sentir culpada, juíza de minhas causas.

Estou sempre devendo, embora não deva nada. Nem amor!

Faço minhas preces de gratidão, usando as minhas mãos, sempre

atrás de ocupação, para não me sentir tão desleal.

Cansaço? que cansaço! me dou bem com o corpo dolorido.

Enquanto não conspiro contra meu corpo, meu espirito fica agitado.

Ainda bem que tenho o travesseiro para me conter e uma boa

noite para sossegar.

Soo-me desafinada, como cordas de um violão descansado.

Já bordei e cortei pano, nunca consegui bons resultados. Quero tudo para ontem.

Invejo quem gosta da noite. Eu a ignoro.

Queria entender o amor dos outros, para definir os meus. Me acho ( nesse sentido) um

pouco neutra,

Acredito que sou muito intensa e lucida, para cair no irreal dos fatos.

Não acho que as pessoas são chatas, só não descobriram a forma certa de se ter uma boa conversa.

Gosto de saber de tudo, menos de coisas que todo mundo já sabe ou daquilo que não me sustenta.

Detesto assistir o mesmo filme duas vezes. Só poema e poesia nunca me cansa!

Nem sei por que escrevo: se é para me isolar, ou para me servir de retiro.

Aliás, tudo que faço é trabalhar, o melhor retiro de todos os tempos.

Hertinha Fischer








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