Quantas juras entre lençóis.
sementes jogadas ao vento,
espelhadas em vitrais
Nada espera viajante,
põe a carroça sem condutor,
arma ciladas de cobertor.
Sinceridade amiga do desejo,
que some de mansinho e se revela
portas fechadas sem luz nem brilho,
nos cantos frios de uma favela.
A onça anda despreparada,
vencer a fome é solução,
se desse mais valor a vida
comer seria uma maldição.
Demonizado a sinceridade
que anda morta pela estrada,
em lua cheia, ela se vende,
em sol brilhando ela quer paga.
A vida pede um bom sossego,
anda agarrada a um bom pelego,
pensa que é pássaro, mas é morcego.
Hertinha Fischer
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