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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Superfície do tempo

 Lá na sublime superfície de antes,

onde o agora vigora.

Latente, desperta um outro tempo

que em tudo se demora.

Derrama senso, escoa sensações

bebe-se ilusões.

Tudo pode, tudo quer, vive-se seus

furacões.

Assemelhado ao desmamado,

leite santo derramado

segue em retidão, disfarçado

Nasce vago e sem sentido,

torna-se grande e temido

limpa-se fora, dentro,

encardido.

Uivante desregrado, caça a presa no cercado,

livre e condenado, não passa de pobre coitado.

Em fome, afomeia, em crise, coiceia, em vida,

desperdiça, em morte, cerceia.

Vitoria, nunca terá, felicidade não encontrará,

tristeza socorrerá, vivendo, lamentará.

Hertinha Fischer







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