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Deleite com café

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sábado, 2 de julho de 2022

Pelas ruas do destino

 A lembrança separa o caminho entre eu e a esperança.

De um lado, passado. Do outro, saudade, o meio soluça felicidade.
Cada curva esconde cansaço, cada passo parece um laço.
Derradeiro sentimento de causa, esporeia o cavalo de troia,
dia e noite a olhar de soslaio o que dentro parece joia.
Alongado parece a manhã, anuviado a tarde que sonda, a noite tudo é duvida, no sonho que apenas ronda.
Como espuma de oceano, que se espreme na orla e areia, a alegria em meio á tudo, de satisfação, apenas esperneia.
A sumir dentro dele mesmo é obra do tempo, que se vinga dos pobres mortais, Buscando mais dia e mais anos, quanto passa a querer sempre mais.
Não se cansa de sofrimento, nem de lágrimas, sequer de tormento, vai a luta a cobrir-se de fé, mesmo sabendo que é só momento.
Quando, enfim, la na rua distante, que de passos um dia se chega, a cidade do conhecimento desaparece, no tempo que também esquece.
Não sou muito de caçar palavra, nem conheço de domar pensamento, sorrateiro as letras aqui dançam, no baile do sentimento.
Se um dia o fim me visitar, apagar meus rastros na visibilidade, deixará seus vestígios perenes, encalacrados numa doce saudade.
Hertinha Fischer.

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