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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

domingo, 10 de julho de 2022

A onda da perpetuidade


O amor brotou em nós em tempo de bonança. Se derramou em flores na primavera.
Ousamos transpôr o tempo e de invernos nos reinventamos. Cada hora que se chegava á fazer visitas constantes, no rodopiar de ponteiros precisos, que de fé não se cansa.
Todo dia colocamos um galhosinho, á mais, sobre o telhado de nosso ninho que nunca envelhece.
Tudo vive na magia do sentimento, que na Divindade se alimenta, mesmo a saber que se é inconstante.
Um dia a despedida chega sem avisar, e teremos que comer, em lágrimas, na mesma mesa.
No entanto, todo o viver memorará e toda a felicidade compartilhada nos consolará.
A festa, uma hora acaba. E os pés cansados de tanto dançar, clamará por descanso. E descansando, tudo parecerá tão completo.
Até mesmo a terra que já tomou tantas sementes, formando-ás em gratificação para tantos víveres, sem lamento, um dia se cansará e precisará de consolo e descanso.
E renovada, se preparará para novas espécies e novos amores.
Não há esquecimento, nunca! O que foi, é!
Embora a água da chuva seja vista enquanto cai, depois, se vai, como quem parte para sempre, um dia volta do seio da terra, para irrigar esperança é fé.
Milhões de anos e aqui estamos, fincados em mesma raiz, em mesma forma, com os mesmos sentimentos a crescer como folhas, conscientes das mesmas promessas, contando histórias diferentes em um mesmo papel..
Hertinha Fischer.




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