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Deleite com café

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domingo, 2 de janeiro de 2022

Poeticando

 Gosto de silencio, mas o barulho não larga do meu pé, ou melhor, é só

do que meu ouvido precisa.

Silenciar é sentencia-lo a morte.
Ouço o silencio em murmúrios,
cochichando palavras e rimas,
como pássaros a conversar com musica.
Assim como uma estante repleta de livros
sem ter quem o tome, cheio de vozes,
dentro de num silencio de matar.
Ha vozes no vento que só as folhas ouvem,
ha declamações nas nuvens que só o céu conhece,
ha rimas nas águas, que nas margens desbarrancam,
ha poesia no ar, que só os ventos compreendem,
ha poemas no céu, que só as estrelas atendem.
Ha composição na vida, que só olhos se apercebem,
ha risos no mar, que só a areia recebe,
ha uma harpa a tocar, que só as florestas concebe.
Hertinha Fischer.

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