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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

sábado, 24 de novembro de 2018

Seol

Olho as coisas ao meu redor e ouço cantos lá fora.
Aqui dentro esperança, lá fora, confronto.
Vejo também tantas inutilidades que nos faz corredores vorazes, atrás de alguma coisa que nos complete.
Enquanto a vida morre em segundos passados, o presente sem presente e o futuro incerto a se desejar.
Nossos olhos incompreensíveis de verdade, a ocultar-se
na saliência de pedra, Nosso coração pesado de ignorância ainda requer presença, sem ver a própria presença dentro
de tudo.
E o ter o desejado já não satisfaz se não vier com fartura
de nós. Ouvido não ouve e boca não fala a não
ser para cultivar as setas de elogios apontada
e direcionada ao eu.
Não aceitamos que somos vento e chuva fraca. nem leva nem molha, apenas raios apressados a derramar seus tentáculos em vão.
Construímos ao redor de nós mesmos pilares de sustentação, sem entender que a terra pode derrubá-la em segundos. Somos quem somos e nem somos, a deriva vagamos nos limites, sem saber ao certo em que ponto podemos chegar.
O invisível e a força propulsora destrói a visibilidade mundana,
á toca e a faz gemer em si, sem dar a chance de reconhecer
seu caminho.
Como nuvens que esconde o caminho da luz, assim também a vida se esconde onde não podemos ver nem ouvir, e depositamos nossa confiança no que não é. Porque o que é nem somos!
( “Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-lo-ás cair.”) Isaias 26:19

Herta Fischer

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