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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

domingo, 15 de julho de 2012

Sociedade

Quando o ser humano eclode para o mundo, mesmo inconscientemente, já tem uma noção de suas necessidades básicas.
O Bebe, um ser tão dependente dos outros, não tem uma consciência efetiva, mas como um computador programado, busca inconscientemente na consciência, o material para suprir suas necessidades de sobrevivência.
Esse programa já está estabelecido geneticamente, sem que precise que o leve até o peito, ao sentir o cheiro do alimento, gira a cabecinha no sentido da procura de subsistência.
Tão logo o tempo passe, ele vai se desenvolvendo, tomando consciência de alguns objetos que lhe chama a  atenção.
Não podemos afirmar com certeza o que os leva ao desenvolvimento assim tão rápido, mas podemos afirmar que dentro do quadro familiar, com a ajuda dos provedores, sua mente, embora desativada da plena consciência das coisas, como os animais, o programa do instinto é muito aguçado.
Instintivamente, começa a identificar a mãe, o irmão, ou o pai, sua boca já consegue esboçar um sorriso, suas mãozinhas se abrem e se fecham em torno de algo, e o tempo em que passava dormindo começa a espaçar-se.
A partir desse momento já é um ser social, passa a fazer parte da sociedade familiar, ao sentar-se numa cadeirinha a mesa, onde incluindo-se socialmente, faz parte do ritual da alimentação..
Como um robozinho, inicia-se o aprendizado dos movimentos, meio sem noção do querer, mas acompanhado pelo desejo de locomoção, já vai fortalecendo todos os músculos do corpo, a fim de sobreviver.
Com o passar do tempo, já com os músculos desenvolvidos, diante da necessidade da coordenação motora, passa então a colocar objetos a boca, ainda meio desajeitado inicia-se então o querer alimentar-se sozinho, porque além da coordenação, sente necessidade de desvencilhar-se da ajuda dos outros, para executar pequenas tarefas.
Esse processo dura no minimo um ano, a partir dai, habituado a ouvir sons, já começa a falar uma pequena quantidade de palavras, algumas coerentemente, outras balbuciadas, sem sentido.
Com a ajuda da audição e da percepção, aprende os nomes dos objetos e das pessoas ao seu redor, que com o tempo vai se expandindo, até que se crie na consciência a noção de si mesma e dos outros que começam a fazer parte de seu mundo.
Começa-se uma nova etapa no aprendizado, na necessidade de aprender a arte da comunicação, não só da fala, mais da escrita.
Se a criança acha um lápis ou caneta, seu instinto é rabiscar, nesta fase é interessante preparar algum lugar para que ele faça isso, sem transtornos para os pais.
Também seria interessante tirar alguns minutos do dia para que tenha contato com imagens diferentes e com a própria linguagem, neste caso, poderá ser uma revista, ou um programa de televisão voltada para a criança.
Mas, tão importante quanto a linguagem, é aprender a ter limites....Pois no futuro isso lhe será cobrado constantemente.
Enquanto pequeno precisa ir aprendendo a se colocar em seu lugar, para isto é necessário ter bons exemplos de seus provedores .
Assim, vai tendo a oportunidade de no futuro ser um bom cidadão.
Também é importante que se dê valor ao que ele gosta de fazer, e lhe dar ferramentas para desenvolver o seu potencial em relação ao seu melhor dom.
Cada criança tem a sua personalidade individual, mas o conhecimento vem de seus familiares, portanto, importa que as pessoas com as quais convive, sejam pessoas sociáveis e comunicativas, mas que não interfiram tanto em seu desenvolvimento psicológico.
Que não contem mentiras , para que não se  crie um expectativa falsa em relação a seu próprio futuro.
Isso pode criar na mente da criança uma certa desconfiança em relação aos adultos. e um certo medo de que suas descobertas também possam ser mentirosas.
Nesta fase do aprendizado deve-se tomar muito cuidado com as cobranças, sempre que ela vai avançando, deve-se incentivar e nunca criticar, respeitando o tempo e o modo com que ela vai aprendendo, para que no futuro não seja uma criança insegura.
Executar pequenos trabalhos também são necessários para que não se sinta inútil, pois é perfeitamente normal que se interesse em fazer alguma coisa mesmo que seja em forma de brincadeira.
Uma criança nunca deve ser submetida a provas.. e sim, em testes de conhecimento, só para que se acompanhe o seu desenvolvimento, e não para cobrar resultados.
Também se deve por meio dos que convivem com elas, falar somente coisas boas e agradáveis, porem nunca deixar de ser verdadeiro em ralação ao mundo em que vive.
Ela precisa crescer em um ambiente saudável e tranquilo, sem ser super-protegida, tem que aprender a respeitar, mas também precisa ser respeitada em sua individualidade.
Pois precisa aprender a fazer sua próprias escolhas sem que  haja interferência dos pais.
No futuro precisará ter confiança em si mesma , para crescer segura de sua capacidade física e psicológica.


Autora: Herta Fischer                    direitos reservados.





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