O inodoro está cheio de sentimentos cheiro
A bica seca bebe água, de fora, quando a brisa chega.Céu que é céu, levanta cedo, enchendo seu copo de cor azul,
branqueando alguns espaços para nuvens.
Bebem juntos, curaçao Blue, sentados a margem do dia.
Os corvos gostam do ar, cansam-se do desagradável.
Os corvos gostam do ar, cansam-se do desagradável.
Lá em cima, sentem-se reis de cheiro bom.
Nem as plantas gostam do escuro, estendem seus braços até alcançar a luz.
Nem as plantas gostam do escuro, estendem seus braços até alcançar a luz.
Se os pedras falassem, declamariam meu nome, as vezes, também sou pedra.
Coisas são coisas. sem significado.
Também me sinto coisa, quando a coisa tá em profundidade tal, que não alcanço.
A coisa não pertence a raça da criação, é derivada da descrença:
Sem forma, sem corpo, sem presença.
Anulo um eu por fora, embora, seja também, por dentro, puro desdém
Nem sei quando vou chegar se nem marquei hora para sair.
Despenquei quase que verde no maduro da vida.
A terra me acolheu com suas mãos para amparar minha semente.
Eu, que nem tinha jeito, sem jeito, me instrui no acaso. como qualquer
ser que morre.
Quem puxou minhas mãos para crescer, assoprou gorduras para preenchê-la,
inflando-as até as unhas
O vento é sopro de agosto, as vezes, se esquece e sopra a qualquer hora.
A terra, as vezes, abafa, como forno de fogo apagado. Até o vento esquenta.
Tudo é uma questão de estar. Se não está, não é.
Hertinha Fischer
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