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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Casa abandonada

 Quando a saudade chamou, voltei.

Entendi que o passado é casa abandonada, cheia de fantasmas.

Tudo morreu por lá.

Mesmo puxando rostos na memória, sempre faltava o necessário,

Presença é tudo.

Risos cessaram, rios secaram ou se retiraram.

Casas desabaram, amigos se foram.

Alguns esboços sobraram, quase a sucumbir em cacos, irreconhecíveis

As estradinhas murcharam sem os pés que as regaram

Os jardins foram roubados pelo tempo, Em lugar das flores, esquecimento.

Os famosos sábias das laranjeiras, sem lugar, nem sei onde foram parar.

Meu pé de ingá, de saudade, caiu aos pés da terra, transformando-se em maternidade

de besouros.

A chuva apagou os rastros, o céu levou sentimentos.

O amor se tornou imigrante estrangeiro, migrou para outros janeiros.

Hertinha Fischer





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