Quando a saudade chamou, voltei.
Entendi que o passado é casa abandonada, cheia de fantasmas.
Tudo morreu por lá.
Mesmo puxando rostos na memória, sempre faltava o necessário,
Presença é tudo.
Risos cessaram, rios secaram ou se retiraram.
Casas desabaram, amigos se foram.
Alguns esboços sobraram, quase a sucumbir em cacos, irreconhecíveis
As estradinhas murcharam sem os pés que as regaram
Os jardins foram roubados pelo tempo, Em lugar das flores, esquecimento.
Os famosos sábias das laranjeiras, sem lugar, nem sei onde foram parar.
Meu pé de ingá, de saudade, caiu aos pés da terra, transformando-se em maternidade
de besouros.
A chuva apagou os rastros, o céu levou sentimentos.
O amor se tornou imigrante estrangeiro, migrou para outros janeiros.
Hertinha Fischer
Nenhum comentário:
Postar um comentário