Nebuloso entardecer entre portas fechadas de prazer
Quase tudo dorme por baixo das nuvens, o silêncio toma conta do espaço.
Há uma força que encobre a luz solar, desenha-se nuvens no ar.
Arrepia-me um suave suspiro que escapa de dentro, com um suave toque de nostalgia a passar.
Enquanto preparo meu corpo para um rápido descanso, minha cabeça roda na consciência.
A procura de um lugar, se esquece o próprio, Nada substantivo será outra presença senão a sua.
Sem você, tudo escapa, sem você não há lugar.
Entende-te que de tudo entenderás.
Um rio caudaloso também encontra-se com a serenidade de algum lugar, quando, enfim, descansa
de suas mágoas empedradas e chega na afinidade dos leitos.
Tudo se compõe, magnificamente, entre uma escolha e outra; algumas para acalmar, outras para ferir.
Um principio, um desígnio, uma aptidão. Escravo da ideia, liberto na aceitação.
Dias bons, dias maus, quase todos ocupados com ilusões.
Leram cartas e cartas foram escritas, assim como algum comediante que se foi, enquanto outros riram, depois dele, da mesma comédia.
A terra ainda guarda seus segredos em camadas, e camadas são decifradas sem que o perigo passe.
Um dilema suposto atrás do outro que também acaba, Tudo me parece em órbita á desintegrar-se no ar. Só o nada aparece de vez em vez, dizendo-se óbvio, mas é só nó sem corda. Cientista sem ciência. Teorias!
Hertinha Fischer
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