E agora sem pátria,
sem estrelas pra contar
sem portas para abrir,
nem dentes para sorrir
E agora sem pátria
sem voz para falar,
sem autoridade para defesa
sem campo aberto pra fugir
E agora sem pátria
sem escora e sem pé
nem fumaça na chaminé
chave na mão sem ignição
E agora sem pátria
sem carroça e sem cavalo
Sempre foi rei, agora é vassalo
pés descalços que é só calo
Sem sorte, vê o corte,
tudo é maldição
e a ferida é bruta
a sangrar o chão
Sem defesa
sem testemunha
e juiz sem alma mostrando as unhas
Talvez um anjo lhe dê resposta
venha a noite e lhe abra a porta
que se envergonhe os que te afligem
suas manobras virem fuligem.
Hertinha Fischer
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