Aquelas laranjeiras de flores branquinhas, prontas para sair de si.
Uma senhora de cabelos negros a cantar sertanejo.
Vida plena no coração do riacho, que sorria águas frescas.
Tempo se encontrando com tempo.
A paixão do barro amassado, a amora arrochando em pés delicados.
Sorrisos sonorizados abaixo das telhas vermelhas.
Salas desprovidas de ornatos, sem muitas complicações.
Camas amontoadas, sobre um chão colchão
Sinceridade pulava cedo, alegria dormia tarde.
Capins secos, escorregador, tábua velha, incinerador.
Fogo a lamber panelas, brasas a lamber a terra.
Cavalos a correr no pasto, arrame abraçando espaço
Cipós a subir em árvores, orquídeas a brincar em galhos.
Cebolas a cavar buracos, feijões a soltar das cascas.
Brincadeiras de verão saltando, inverno se divertindo
Chuvas frescas a encantar o solo, enxurradas a abrir caminhos.
Domingo trazendo gente, café no bule quentinho
Carne enlatada virando churrasco, galinhas fazendo seus ninhos.
Folhas a saudar suas rosas, rosas a proteger seus espinhos
Vida sertaneja a sambar na relva, E Deus trazendo carinho.
Hertinha Fischer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário