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Som de tristeza

  Som de minha tristeza Ecoa por dentro palavras que nem consigo dizer Não há letras no lamento Se em lágrimas almejasse olhos tristes derra...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

ornamentando saudade

 Aquelas laranjeiras de flores branquinhas, prontas para sair de si.

Uma senhora de cabelos negros a cantar sertanejo.
Vida plena no coração do riacho, que sorria águas frescas.
Tempo se encontrando com tempo.
A paixão do barro amassado, a amora arrochando em pés delicados.
A cerca dos arvoredos, a doçura dos ingás.
Sorrisos sonorizados abaixo das telhas vermelhas.
Salas desprovidas de ornatos, sem muitas complicações.
Camas amontoadas, sobre um chão colchão
Sinceridade pulava cedo, alegria dormia tarde.
Capins secos, escorregador, tábua velha, incinerador.
Fogo a lamber panelas, brasas a lamber a terra.
Cavalos a correr no pasto, arrame abraçando espaço
Cipós a subir em árvores, orquídeas a brincar em galhos.
Cebolas a cavar buracos, feijões a soltar das cascas.
Brincadeiras de verão saltando, inverno se divertindo
Chuvas frescas a encantar o solo, enxurradas a abrir caminhos.
Domingo trazendo gente, café no bule quentinho
Carne enlatada virando churrasco, galinhas fazendo seus ninhos.
Folhas a saudar suas rosas, rosas a proteger seus espinhos
Vida sertaneja a sambar na relva, E Deus trazendo carinho.
Hertinha Fischer.

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