Estava lá quando me destes o primeiro beijo, quando em promessas se chegou a mim, por cautela. Ainda pequenos, quase despercebidos das tramas, envolvidos a emoções transitórias, a tocar o presente com certa expectativa de prazer.
A revelia nos envolvemos e com cartinhas de amor nos percebemos, quando as letras levavam a mensagem que as crianças ainda não sabem falar sem medo.
Coração acabava de sair das fraudas, reconhecendo sua capacidade de se iludir sozinho.
Tocando o azul celeste de teus olhos, um mar de sentimento criara-se em ondas, que sugava-me ao profundo precipício da tortura de se saber amando, quando o amor nem sequer mostrava sua cara.
Sondava-me pelas frestas das frustrações, com olhares furtivos e malandros.
Submergia suavemente até as têmporas que roseava a qualquer toque, E se escondia no íntimo da vergonhosa sensatez, que até então não conhecia.
Um querer brutal, rude mestre da realeza paixão, que deslizava sem compaixão a criar suas ilusões.
Dentro dela morava um ser caprichoso, que desdenhava dos passantes segredos, do juízo tinha medo,
porém avançava no tribunal da vida, mesmo com tantos lhe apontando o dedo e fazendo tudo igual...
Hertinha Fischer
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