Nunca mudei minha versão:
Sou a mesma versão num corpo velho,
sem mudança em seu desafio.
Segue o ritmo dos mimosos roçados
entre os campos esverdeados
no silencio do amor que trabalha
insistência e camaradagem
olhos vivos e roseados
Alma suspira na entranha da vida
cordões viventes de sangue e fé
desenvolvendo real esperança,
do cume até o sopé.
Enfileirados na engrenagem
bem juntados e atarefados
no insistente rodar e transmitir.
o que já vem entrelaçados
Esperança que é esperança, nunca
se perde no nada,
Segue junto e em conjunto
fincando os pés na estrada
Esparramando certezas, com a máxima
delicadeza, de quem confia
na fada.
A cisterna virada de encontro a boca da água
Sempre á encarar a época da chuvarada
Que chega sem avisar
em noites enluaradas.
Não me abandone a certeza
de que tudo de tudo não
se pode provar.
Ainda busco na dúvida
um motivo para esperar.
Hertinha Fischer
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