Era eu e o roçado negro,
preparado com fogo e fumaça.
Era o cavalo e o roçado vermelho,
preparado com cascos e aiveca.
Era a terra em sulco, revolvida e esmiuçada,
preparado para a semeadura.
Era o homem de coragem a rezar pela colheita,
nas cordilheiras dos sonhos, subia no pico
da fé.
Era nós, os filhos, que surgiam, a esperar
pelos sagrados grãos, confiando naquele
roçado, no cavalo e aiveca, na doce e mágica
terra, e no homem em acensão.
Hertinha Fischer
Nenhum comentário:
Postar um comentário