Por ti, por te, poteia, coisa de poeta português.
A ti dou meu coração
Que coração recebes?
A mesma boca que beija, agora blasfema a face
que desejastes.
Faz-se noite face a noite, em ruínas desmorona
de desejos ao contrario.
O que parecia puro, na verdade,
transforma-se em infecto sentimento,
O inverso e reverso de amigo a inimigo.
Mascavado o translúcido, defeituoso o apurado,
corrompido o límpido, de paixão ao ódio deslavado.
Promessas não cumpridas, ação sem ação ou inércia.
Coisa de quem não tem no querer constância. Ora
conserta para quebrar, ora quebra pra consertar.
Sem forma e espumante, ondas arrebatadas no ar,
coisas de quem nunca soube,
o que significa amar...
Hertinha
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