Ao som sublime do silêncio em
que meus ouvidos descansam.
Mergulhada na sabotagem dos olhos,
que apreciam e não ouvem.
Nem o bater das asas, nem os cantos serenos de sapos na madrugada,
nem as gotas que cantam no telhado, na seresta
da noite enluarada.
Toco a musica de minha alma,
lembrando letras tristonhas, já sem os acordes de violões
e guitarras.
Emudecidas e esmiuçadas dentro desse campo sem flores.
Foi-se o barulho das citaras, Foi-se o som que se ouvia.
Ainda vejo a figueira com seus frutos, o cipó que lhe abraça.
o balançar de suas folhas, só não posso mais ouvir
o canto que te faz dançar.
O tempo secou meus tímpanos, as cordas se esticaram a ponto
de rebentarem, os hinos, agora, são só barulhos indecifráveis,
os cantos, gemidos e confusão,
Figuras dançam sem musica, musica, só dentro do coração.
Hertinha Fischer
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