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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

sábado, 19 de dezembro de 2020

Surdez

 Ao som sublime do silêncio em

que meus ouvidos descansam.

Mergulhada na sabotagem dos olhos,

que apreciam e não ouvem.

Nem o bater das asas, nem os cantos serenos de sapos na madrugada,

 nem as gotas que cantam no telhado, na seresta

da noite enluarada.

Toco a musica de minha alma,

lembrando letras tristonhas, já sem os acordes de violões

e guitarras.

Emudecidas e esmiuçadas dentro desse campo sem flores.

Foi-se o barulho das citaras, Foi-se o som que se ouvia.

Ainda vejo a figueira com seus frutos, o cipó que lhe abraça.

o balançar de suas folhas, só não posso mais ouvir

o canto que te faz dançar.

O tempo secou meus tímpanos, as cordas se esticaram a ponto

de rebentarem, os hinos, agora, são só barulhos indecifráveis,

 os cantos, gemidos e confusão,

Figuras dançam sem musica, musica, só dentro do coração.

Hertinha Fischer


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