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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Posposto

 Laranjas dormindo entre folhas

amareladas de pó, ao longo das estradas 

quietas e  quentes.

Lá que olhos de ventos por elas passam

e se apressam em não ver.

Se distanciam sem apreciar o gosto

maduro de suas pupilas dilatadas

de paixão, suspense e doçura.

Morrem em solidão apodrecida de

sucos mornos, amargadas pela

ação do terrível tempo sem colheita.

O sol que por ela se derrama sem piedade,

a noite, que, por fim, da-lhe uma trégua,

sem, no entanto, lhe conceder um frescor.

Pouco tempo se lhe seguram as cordas,

até que se espalhem ao chão.

As cores amareladas as abandonam,

 até que fiquem marrom.

E o calor as consomem, de suculentas a seca

tornam-se nada outra vez.

Herta Fischer



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