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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Autarcia

Hoje eu tirei um tempinho para reler meu passado.
Tive a sensação de que ouvi demais a ilusão,
tanto, que acabei por ferir meus tímpanos
Engraçado, como andamos precisados de coisas e
sem perceber, zombamos das bençãos que recai sobre
nós todos os dias.
O tempo passado já não deveria nos preocupar,
o que já fizemos não pode servir de motivo de tristeza.
Tive momentos desperdiçados, por querer um mundo
que fosse do meu jeito, que pudesse estar ajoelhado aos meus pés.
Achei cicatrizes onde não havia, e dores que nunca me incomodou.
Doía em meu íntimo recluso e incerto, não por causa de alguém, mas, por
causa própria.
Causa de um ego aguçado, que eu, descaradamente, inflava.
Aperceber-se foi uma tragédia total, querer parecer alguém
 que não era me levou a falência de mim.
Meus olhares flambados pelo álcool carência, 
chamando a  atenção que não devia.
Cada um trilha seu próprio caminho, mas, é com nossos pés que se anda.
Dentro do coração ha comichão, com gula e com sede, longe da satisfação.
Hoje encaro tudo como novo, Procuro não tropeçar em palavras, para não torcer os fatos.
Vejo o passado como sapato velho, macio e esquecido,
 um futuro que não posso tocar.
Tudo mudou aqui dentro, uma modificação real, Pouco sonhos e uma realidade
suave e fértil.
Nada mais me fere: nem passado, nem presente, 
nem futuro, sempre estaremos a um passo de viver ou morrer.
E referente aos acontecimentos, não posso e nem quero antecipar.

Hertinha Fischer



 





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