Hoje é hoje novamente,
saúdo mais um dia que me aquece.
Entre nevoeiros que me encobre a visão
e luzes fugaz no coração, sou mais
sentimentos que emoção.
Tenho que sobreviver ao acaso, entre o
eu e o que sobrevêm.
Sou o querer sem querer, mudo em miúdo desdém.
Se me abre em possibilidade o dia,mas, diante da impossibilidade
do poder, escuto as vozes do silencio que me corrói.
Meus pés em desalento retrai.
Queria ser borboleta amadurecida de asas abertas, a metamorfose
incerta me trai.
Não ser eu, qual a novidade?
Se tão eu sou eu.
A vontade me limitou, a bondade não me visitou,
sigo meio que viva e morta, ante a vida que sou.
Hertinha Fischer
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