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Deleite com café

  A janela, onde o sol nasce, sobe as escadas das flores e ali permanece, sentado, até que a porta da poesia, se abra, lá pelas bandas das ...

domingo, 26 de julho de 2020

Poetizando-me

Aqui cheguei como
uma coisinha pequenina: Olhos de mar,
carretel vazio e sem graça.
A terra tão charmosa me abriu os braços,
saudando-me e coroando-me com alegria.
Foi, aos poucos, plantando em mim, suaves
sementinhas de bem-querer.
Ao lado, onde moram todos, me levou,
apresentando-me ao mundo das coisas,
que, aos poucos, ganhavam formas e nomes.
Sempre me lembrando das estradinhas simpáticas
que me enamoravam.
Flores se abriam na primavera, no outono, se despediam,
e ainda, como quem ama, abriam-se as estações dos frutos, para
que nunca me sentisse só.
Colheitas e plantio as beiras das estradas, enfeitadas por homens e enxadas, num frenesi de esperança e paixão.
Casas grandes e palhoça se misturavam em um labirinto encantado,
por onde jovens, velhos e crianças, brincavam de viver.
O poeta me escrevendo em letras delicadas, sublinhadas em papel
de veludo, tinta de cristais, assunto de gente grande.
O tempo tão vento, desvendando seus mais nobres segredos, impondo um mundo de medo, desenhando puras emoções.
Se derramava em mim, como perfeita biquinha, que em suaves gotinhas formaram um rio sem fim...
Herta Fischer.

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