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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Amor em versos

Quando amei pela primeira vez.
havia em mim um encanto que
o coração não conseguia explicar.
Conheci um menino de olhos azuis,
tinha um problema na perna, andava mancando,
mas, para mim, era a perfeição em pessoa.
um sorriso capaz de me deixar sem folego.
Escrevi para ele várias cartinhas de amor,
ao qual, ele respondia com paixão.
E quando nos encontrávamos, por acaso, em alguma festa
familiar, embora não pudesse tocá-lo, meus
olhos o acariciavam com amor.
Nos encontrávamos nos papéis, nos beijávamos em
pensamentos, e as emoções eram tão fortes, capazes de enfrentar
mundos ilusórios, de transpor qualquer limite.
Era eu em pergaminhos, era eu e ele em palavras e versos,
era amor, amor e amor, olhos brilhantes e lágrimas de alegrias.
Os encontros quase sempre se faziam em cartas, em bilhetes,
as vezes, entregues numa brincadeira de criança,
dentro de uma ciranda, ou de passa  anéis.
Um pequeno toque nas mãos, um calor abrasador, e a memória do que
poderia ter sido, do que poderia ocorrer se tocássemos pra valer.
Oh! quanto me custa lembrar, quanto me custa agora, quando já aprendi
o que fazer, e saber que o tempo não volta.
Porém, sei que não seria assim, tão fogoso, tão gostoso, a arte de amar
só por amor, sem aquela ideia da lascívia, sem sentir o toque suave das mãos, apenas
a ideia do querer e não poder, mas sentindo cada pulsar do coração vibrando dentro,
como se não precisasse de mais nada, apenas a sensação do querer que se transforma em versos.
e saber que ele sabia, que ele sorria ao ler cada versinho meu.
Pena que o tempo passa, que finalmente nos leva ao amadurecimento, e os encantos
da meninice ficam para trás, esquecidos dentro da nossa memória até despertar
em algum momento, trazendo de volta velhas sensações, onde na saudade dormia, e desperta  numa vontade de voltar no tempo.
Crescer nem sempre é bom.. ama melhor quem vive da ilusão de amar..de sentir, de ser o
que se é. de poder sonhar e viver um sonho..Porque, as vezes, juntos, a gente acaba amando sozinho.
Herta Fischer (Hertinha)








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