Oh, Deus meu..
Que resposta me dá quando lhe pergunto.
Silêncio povoado de silêncio.
Não se cansa de se esconder, quando me dará o prazer
de ver a tua face?
Em que parte do céu estendeu o teu trono?
Ouço a tua voz, na palavra. Entre pergaminhos conta-me tua grandeza.
E de pretensão enche minha alma esperançosa.
A pretender teu amor, a continuar presa em promessa, a almejar, pra ontem, teu
favorecimento.
Invejo aqueles que estiveram sobre teu conforto, invejo aqueles que obtiveram teu conselho.
Vivo a vagar, sem estrada para seguir. vivo a semear, sem campo para florir.
Como um servo solitário, busco pela ramagem, entre os campos ressecados pela seca, ha fontes que me parecem frescas, mas, é só miragem.
Onde estás?
Porque me deixa com tantas perguntas sem respostas?
Tira-me dessas paragens que só me causam aflições, despeja em mim a tua presença, para que me encha de alegria.
Para poder contar a todos os seus santos desígnios, escondidos nessa passagem tão estreita que me moem os ossos.
Hertinha Fischer
Nenhum comentário:
Postar um comentário