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Deleite com café

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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Passagem estreita

 Oh, Deus meu.. 

Que resposta me dá quando lhe pergunto.

Silêncio povoado de silêncio.

Não se cansa de se esconder, quando me dará o prazer

de ver a tua face?

Em que parte do céu estendeu o teu trono?

Ouço a tua voz, na palavra. Entre pergaminhos conta-me tua grandeza.

E de pretensão enche minha alma esperançosa.

A pretender teu amor, a continuar presa em promessa, a almejar, pra ontem, teu 

favorecimento.

Invejo aqueles que estiveram sobre teu conforto, invejo aqueles que obtiveram teu conselho.

Vivo a vagar, sem estrada para seguir. vivo a semear, sem campo para florir.

Como um servo solitário, busco pela ramagem, entre os campos ressecados pela seca, ha fontes que me parecem frescas, mas, é só miragem.

Onde estás?

Porque me deixa com tantas perguntas sem respostas?

Tira-me dessas paragens que só me causam aflições, despeja em mim a tua presença, para que me encha de alegria.

Para poder contar a todos os seus santos desígnios, escondidos nessa passagem tão estreita que me moem os ossos.

Hertinha Fischer




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